REGIÃO: Busca pelo remédio Ivermectina é enorme nas farmácias da região, especialistas temem por intoxicação pelo uso da auto-medicação.

Remédios para prevenir ou curar a Covid-19,Vira e mexe, “indicações” circulam nas redes sociais. A mais recente diz respeito ao ivermectina, vermífugo que, devido ao aumento pela procura nos últimos dias, desapareceu das prateleiras de algumas farmácias da região. Ainda sem comprovação científica de que o fármaco tenha resultado positivo no tratamento contra o novo coronavírus, especialistas temem que a automedicação acabe intoxicando muitas pessoas por aí.
A alta demanda pela ivermectina levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ontem, a informar sobre a inexistência de estudos que comprovem o uso da fórmula para curar a Covid-19. Porém, também ressaltou que não há pesquisas que refutem o uso para combater a enfermidade.
“Eu compreendo (a procura) porque todo mundo fica buscando a solução. Mas esse medicamento nunca entrou em protocolos (do Ministério da Saúde), não há como chancelar que ele terá algum efeito preventivo e terapêutico no caso da Covid. A hidroxicloroquina é polêmica, mas está autorizada a ser usada desde que o médico diga ao paciente que ela está no âmbito de pesquisa. Mas a ivermectina não entrou (nas diretrizes). Ela mostrou um benefício em laboratório e isso nunca replicou na condução de um caso clínico”, frisa o clínico geral Angelo Pimenta, médico intensivista do Hospital Felício Rocho.
Mesmo sem benefícios comprovados no tratamento contra a Covid, tem muita gente querendo garantir o remédio sob a alegação de que “ainda é vendido sem receita”.
Além da ivermectina, há outros remédios que constantemente ganham espaço nas discussões sobre o combate ao coronavírus. A cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina são os mais citados.
A Ivermectina está em falta em varias drogarias do Sudoeste Baiano; onde ainda é encontrada, caixa com quatro comprimidos é vendida entre R$ 17 e R$ 34.

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